“Fablab” é a abreviatura de “Fabrication Laboratory”, ou como muitos chamam “Fabulous Laboratory”. O conceito surgiu no Center for Bits and Atoms (CBA) do Massachussets Institute of Technology (MIT), com o lecionamento da disciplina designada por “How to do almost anything”, dada pelo Prof. Neil Gershenfeld.
Um FabLab é composto tipicamente por um conjunto de ferramentas de prototipagem rápida, como fresadoras de pequeno e grande porte, máquinas de corte a laser e de corte de vinil, dispondo ainda, computadores e respectivas ferramentas de programação informática suportadas por software open source e por freeware CAD e CAM. Pode ainda orientar-se para outras vertentes com bancadas de electrónica, máquinas de costura, prensas, etc. É um conceito pensado para o fomento numa comunidade de uma educação técnica informal, cliente a cliente (P2P), proporcionando assim o ambiente ideal para a invenção. Os projectos são normalmente concebidos em 2D (no computador) e podem depois ser materializados em 3D (nas máquinas), visando uma aprendizagem assente no “Learn by Doing”.
Que tipo de coisas se podem fazer no Fablab?
Quase tudo, aqui a imaginação é que dita as regras! Actualmente estes laboratórios incluem máquinas controladas por computador com uma resolução espacial da ordem micrométrica, e electrónica com uma resolução temporal na ordem dos micro-segundos. Esta capacidade de desenhar e inovar a este nível de resolução, dá novos graus de liberdade às iniciativas/projectos dos utilizadores dos Fablabs. Dispositivos de comunicação, transdutores, maquetes, estruturas artísticas – tudo isto ao alcance de todos os que vierem ao Fablab! Destacam-se os seguintes projectos mais elaborados que têm vindo a ser desenvolvidos no âmbito dos Fablabs: turbinas eólicas, redes wireless, antenas de longo alcance, uma casa exclusivamente alimentada a energia solar. Este é um lugar que vem democratizar a inovação que tem cativado fãs por todo o mundo.
Texto adaptado do artigo “On the road to the future: Mobile Fablabs for Technical Education” de Sherry J. Lassiter.
Fabricação Digital
O equipamento de fabricação digital possibilita a introdução de melhorias de eficiência e de flexibilidade nos processos de concepção e fabrico.
Estes mecanismos necessários a um posicionamento competitivo encontram, no entanto, como constrangimento custos elevados com difícil retorno suportado em iniciativas isoladas e uma elevada volatilidade de equipamentos tecnologias. Enquanto os centro de recursos comum, o FabLab disponibiliza a utilização destes meios, promovendo na sua envolvente uma cultura orientada para a inovação. Para além do aumento de competitividade interna o FabLab permite à sua envolvente tirar partido das mais valias criadas por uma rede de FabLabs em explosão à escala global, incorporando e retirando em tempo corrente conhecimento e referências de contacto e acompanhar nesta evolução a concorrência mais competitiva. Integrado numa rede colaborativa global, orientada para os mesmos objectivos de inovação e sustentabilidade, pretende-se a nível regional facilitar a concretização de processos criativos, em especial de base tecnológica, promovendo o empreendedorismo.